O mercado mundial do açúcar está atualmente avaliado em mais de 60 mil milhões de dólares, com previsões de crescimento até 2030, impulsionado sobretudo pela crescente procura nos continentes asiático e africano.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a Índia lidera o consumo global de açúcar, com um total anual de 29,5 milhões de toneladas, quase o dobro da União Europeia, que surge em segundo lugar com 16,4 milhões de toneladas. A China ocupa a terceira posição, com 15,7 milhões de toneladas, seguida pelos Estados Unidos (11 milhões), Brasil (9 milhões), Indonésia (7,6 milhões), Paquistão (6,6 milhões), Rússia (6,1 milhões), México (4,4 milhões) e Egipto (3,7 milhões).
Os dados revelam que os países com grandes populações são os principais motores do consumo de açúcar. Só a Índia e a China, com mais de 2,8 mil milhões de habitantes no total, concentram uma parte significativa da procura mundial. No entanto, também se destacam regiões como os Estados Unidos e a União Europeia, onde o consumo permanece elevado apesar das campanhas de saúde pública que apelam à redução da ingestão de açúcares adicionados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os açúcares livres representem menos de 10% da ingestão calórica diária, idealmente abaixo dos 5%. No entanto, o consumo global continua a crescer. O açúcar está presente não apenas em refrigerantes e doces, mas também em alimentos processados, pão, cereais e até em alguns produtos salgados. Na Índia, o aumento do consumo está ligado ao crescimento populacional, ao surgimento de uma classe média mais numerosa e à forte tradição cultural de consumo de doces. Por outro lado, em mercados mais maduros, como os Estados Unidos ou a Europa, a indústria alimentar tem vindo a apostar em produtos com menos açúcar ou com adoçantes alternativos, respondendo a uma procura cada vez maior por opções mais saudáveis.
