Este gin português de flor de cânhamo quer ser 100% orgânico e internacionalizar-se

O gin d’O Benefício nasceu há um ano num mercado em franco crescimento. Trata-se de um produto português que, recentemente, ganhou três medalhas de prata no concurso internacional London Spirits Competition, seleccionado entre mais de 750 marcas. O que faz, então, com que esta bebida se destaque por entre as outras?

Para Ricardo Nunes, co-fundador da marca, é «a qualidade, a originalidade e o preço justo do produto», mas há outro factor em jogo: este gin é de flor de cânhamo e o primeiro do género com selo nacional.

A escolha deste ingrediente como base para a criação da bebida destilada recaiu sobre o facto de a flor de cânhamo ser diferenciadora e ter um impacto ambiental positivo, explica à Marketeer Paulo Fernandes, também co-fundador d’O Benefício. O responsável acrescenta ainda que os produtos criados pela marca «são sempre fruto de um processo de fabrico que utiliza métodos artesanais e sustentáveis».

A destilação desta planta apresentou-se como um desafio, diz Ricardo Nunes, já que teriam de «encontrar uma forma de o compensar através da frescura e doçura». O processo resultou numa junção do cânhamo com zimbro e uma fusão de dez botânicos, que inclui erva-príncipe, cardamomo e gengibre. No fim, acabaram por surgir três variações do gin – Herbal, Estival e Delicado.

À venda no site da marca, nas lojas Green Swallow, A Loja da Maria, Weedspot, Green Mama, no site da Garrafeira Nacional e no marketplace Dott, os gins de flor de cânhamo d’O Benefício têm ainda outra componente sustentável: o rótulo é impresso no próprio vidro, as garrafas podem ser reutilizadas para outros fins ou coleccionadas e cada uma tem duas rolhas em cortiça (uma de substituição).

O futuro próximo do gin d’O Benefício passará pela sua internacionalização para vários mercados europeus, nomeadamente França, Polónia, Alemanha e Benelux. Além disso, avança Ricardo Nunes, estão também a trabalhar numa «edição 100% orgânica do gin flor de cânhamo» para que possam «ter um produto que consiga chegar a novos patamares e que possa responder às necessidades dos consumidores».

Texto de Beatriz Caetano

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