Esta campanha “contra” a vacinação não é o que parece

Depois de cerca de um ano e meio de pandemia, já é claro que há indústrias que sofreram mais do que outras e que algumas empresas poderão até ter saído a ganhar da situação de confinamento. Numa perspectiva unicamente centrada no negócio, áreas como a entrega de refeições ao domicílio ou serviço de streaming registaram aumentos significativos no número de clientes.

As empresas funerárias também poderiam entrar nesta lista, embora pelas piores razões possíveis. Esta ideia está a ser explorada numa campanha de publicidade nos Estados Unidos da América, onde uma carrinha do que parecia ser uma empresa funerária começou a circular com a frase “Não se vacinem” escrita.

Na carrinha surge o nome de uma suposta Wilmore Funeral Home, mas, segundo avança a CNN, trata-se de uma campanha pensada por uma agência de publicidade e esta empresa funerária nem sequer existe.

Recorrendo a um tipo de humor mais negro, o objectivo é mostrar a importância da vacinação, lembrando que as pessoas que escolhem não ser imunizadas apresentam uma probabilidade superior de doença grave e morte – o que, para a Wilmore Funeral Home, ser um “bom negócio”.

A ideia é da BooneOakley, que acredita que a publicidade convencional não está a funcionar. Mensagens mais tradicionais, como “Seja vacinado”, começam a perder-se e as pessoas já não estarão a prestar atenção.

«Queríamos fazer algo de uma perspectiva diferente e que meio que chocasse as pessoas, levando-as a pensar ‘Que caraças”», explica David Oakley, director da agência criativa, em declarações à CNN.

Quem ficar curioso relativamente à Wilmore Funeral Home e decidir visitar o seu website, é transportado para uma plataforma de incentivo à vacinação.

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