Dia de contratar mães

Por Paula Santos, Senior Copywriter

Se eu fosse uma agência, só contratava mães. A full-time, em part-time ou em regime de freelancer.

Porquê? Pensem lá comigo: sempre que alguém quer um trabalho feito, é só chamar a mãe.

Ao contrário do que o mercado do trabalho sempre apontou como uma fraqueza no curriculum, ter filhos ou pretender tê-los, não invalida a competência de ninguém. Antes pelo contrário.

Como Daymond John (empreendedor e um dos Tubarões investidor, no programa televisivo Shark Tank) tão bem expôs recentemente no Podcast “Gold Minds”, uma mãe é a derradeira empreendedora: tem a capacidade de criar um ser, que traz ao mundo com o seu próprio esforço e, no processo, vai descobrindo como gerir o seu crescimento e tudo à sua volta, etapa a etapa.

“Mas ter mães complica-nos a vida”, dirão muitos. Sim, mas não complica a vida das empresas, complica a vida da própria mãe.

Porque uma mãe quer ver o trabalho feito para conseguir estar a horas em casa.

Porque uma mãe sabe que se perder tempo, ele se vai converter em menos horas de sono para ela.

Porque grande parte das mães precisam de trabalhar e, com sorte, até gostam muito do que fazem e por isso se orgulham tanto do seu trabalho.

E é neste último ponto que está toda a questão. E é por essa perspectiva que os empregadores se esquecem de olhar. Uma mãe é muito mais do que uma mãe. E há esta outra faceta da sua vida que ela gosta e quer ver crescer com sucesso também.

Enquanto freelancer já trabalhei com muitas mães. De manhã, de tarde ou de noite, às vezes até em horários alternados, porque é assim que as mães gerem. E já vi e já levei filhos a reuniões (completamente subornados com a promessa de um grande bolo de chocolate por bom comportamento).  Mas uma coisa eu sei, nunca um prazo ficou por cumprir. Porque se há coisa que uma mãe detesta é de ser chamada de incompetente.

Por isso, no próximo domingo lembrem-se disto. E já agora, sempre que forem contratar.

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