A guerra comercial entre os EUA e a China, impulsionada pelas tarifas do presidente Donald Trump, chegou às redes sociais (e em força) — especialmente ao TikTok. Depois da onda viral dos influenciadores chineses, seguiu-se uma vaga de vídeos diretamente das fábricas de fornecedores chineses de marcas de luxo e, agora, é a vez dos consumidores americanos responderem depois de terem sido bombardeados por este tipo de conteúdo.
Num vídeo publicado esta segunda-feira, uma utilizadora garante que a China está a fazer um favor nos EUA ao permitir que se compre diretamente às fábricas, contornando as “tarifas ridículas”.
@gdfjkbftNow we can buy directly from China more easily…♬ original sound – gdfjkbft
Atrás desta mulher, surge uma longa lista de sites chineses de retalho com todo o tipo de produtos para que os americanos possam comprar diretamente na fonte.
Recorde-se que os influenciadores no TikTok têm afirmado que a China vende os mesmos itens de marcas famosas por uma fração do preço, alegando que estes vêm das mesmas fábricas. Num dos vídeos mais virais, uma utilizadora diz que um par de leggings semelhantes às da Lululemon estariam à venda por apenas cinco dólares em vez de 100 dólares. A marca, no entanto, negou qualquer relação com os fornecedores e alertou sobre possíveis falsificações.
Apesar das suspeitas de golpes e produtos falsificados, muitos consumidores elogiaram os vídeos por expor a opacidade das cadeias de produção de marcas de luxo. De acordo com o site Fast Company, a resposta foi sentida também fora do TikTok: a app chinesa DHgate, especializada em vendas no retalho, saltou da 352.ª para a 3.ª posição na App Store dos EUA em poucos dias.
