Da sustentabilidade à IA: estes são os principais desafios da cloud pública

A cloud pública continua a crescer e a previsão é que duplique de volume nos próximos três anos, ultrapassando os 1,1 mil milhões de euros em 2026. O principal aumento virá dos grandes sectores económicos do país, especialmente os da saúde, da indústria, dos serviços financeiros e retalho. Noutra perspectiva, uma análise da Keepler Data Tech aponta os seis desafios que a cloud pública terá de enfrentar em 2023 para continuar a responder às necessidades e exigências dos utilizadores.

  • A coexistência de dados e aplicações na plataforma. Os dados são o activo digital mais valioso da organização moderna e, ao longo deste ano, tornou-se evidente a necessidade de fornecer às empresas uma plataforma completa que compreenda todas as ferramentas necessárias para trabalhar com este recurso básico (consumo, transformação, exploração, forecasting, enriquecimento, etc.). Uma vez ultrapassado o horizonte da migração de dados para a nuvem, é preciso saber como explorá-los e obter o seu valor máximo, para além do simples reporting. Com a oferta actual de serviços (SaaS), o grande desafio para os fornecedores de cloud passa por fidelizar as grandes empresas e evitar que saiam da sua plataforma em busca de novas funcionalidades que não possuam.
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  • Sustentabilidade. Os principais fornecedores da nuvem pública estão conscientes de que as suas acções têm um impacto imediato no meio ambiente e estão a tomar medidas para promover a sustentabilidade e reduzir as emissões (AWS, Azure, Google). Em especial, em duas direcções: por um lado, procurando a eficiência energética nas infraestruturas físicas e datacenter; por outro, os utilizadores e clientes destes serviços estão a ser encorajados a planear e implementar as suas infra-estruturas com modelos e conceitos eficientes que têm um impacto significativo na sustentabilidade.
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  • Inteligência Artificial. A aposta em 2022 foi claramente a Inteligência Artificial, integrada de forma transparente nos diferentes serviços cloud. Em 2023, os fornecedores cloud continuarão a apostar nesta tecnologia, levando as funcionalidades que ela traz um pouco mais longe e facilitando a sua aplicação.
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  • Ascensão no sector industrial. A nuvem continuará a expandir o seu âmbito de trabalho, atingindo sectores considerados rígidos para os fornecedores de cloud, tais como a indústria, que requer processos e serviços muito específicos, dependendo da sua actividade. Tudo indica que, durante 2023, o sector industrial será um novo foco de negócios para os fornecedores de cloud e é provável que sejam introduzidos novos serviços ou que sejam acrescentadas características aos serviços existentes, procurando melhorar a oferta para o mundo industrial.
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  • Foco nos serviços de segurança. A mudança para a nuvem traz muitos benefícios em termos de escalabilidade, optimização de processos e custos, mas também traz um maior risco de segurança se as cargas de trabalho não forem bem concebidas. Os requisitos de segurança para as empresas estão a tornar-se cada vez mais exigentes, com cada empresa a desenvolver os seus próprios mecanismos e protocolos de segurança para garantir a segurança não só dos seus clientes, mas também dos seus empregados e dos processos. Neste cenário, os principais fornecedores de cloud vão dedicar recursos e esforços para expandir os seus serviços de segurança e a sua compatibilidade com os serviços internos. A recolha, armazenamento e exploração desta informação sensível será também uma prioridade.
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  • FinOps. A utilização eficiente dos serviços cloud não implica apenas tirar o máximo partido das arquitecturas ou ser sustentável, mas também ser eficiente em termos de custos. A eficiência de custos significa uma escolha cuidadosa dos serviços e características a utilizar para implementar um conjunto de melhores práticas que nos permitem baixar a fatura no final de cada mês, sem prejuízo do desempenho e funcionalidade da solução a ser implementada.
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