Consumo de bebidas espirituosas diminuiu cerca de 8,6%

Um novo relatório elaborado pela ANEBE (Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas) e pela EY Portugal revela que no 1.º trimestre de 2023 o valor das introduções no consumo de bebidas espirituosas diminuiu cerca de 8,6% face ao período homólogo de 2022 em Portugal Continental, o que se traduziu num decréscimo de receita fiscal na ordem dos 900 mil euros.

De acordo com as conclusões, esta situação deve-se, essencialmente, ao aumento deste imposto na categoria de bebidas espirituosas em 4% em sede de Orçamento de Estado para 2023, depois de ter estado congelado durante alguns anos.

«2022 foi um ano de recuperação, mas 2023 vai ter uma descida. Por causa da inflação e do aumento do custo das matérias-primas, as empresas de bebidas espirituosas ainda estão a recuperar o que perderam e uma das questões principais da nossa indústria é a fiscalidade, porque temos um imposto adicional que nos onera e que tem impacto na capacidade das empresas de criar riqueza. Por isso, pedimos para não aumentarem esse imposto», adverte, em comunicado, João Vargas, secretário-geral da ANEBE.

Estes dados foram revelado na conferência decorrida sobre a fiscalidade do sector e, sobre este tópico, António Brigas Afonso, ex-sub-director geral da Direcção Geral das Alfândegas e IEC, afirma que a adopção de uma taxa única de IVA poderá contribuir para melhorar a situação do sector, contrariando assim a propensão para as compras transfronteiriças que se verifica actualmente.

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