Como a Inteligência Artificial vai mudar para sempre o negócio da música: Universal e Warner já estão à frente

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Marketeer
07/10/2025
12:12
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A inteligência artificial (IA) está a transformar a indústria musical a um ritmo sem precedentes. Para além da criação automática de faixas ou remixes instantâneos, gigantes discográficos como a Universal Music e a Warner Music, segundo a Merca20, estão a repensar a forma como monetizam os seus catálogos no universo digital, especialmente no streaming.

Universal e Warner estão a negociar acordos que poderão marcar um precedente histórico, envolvendo desde startups inovadoras como ElevenLabs, Suno, Udio e Klay Vision até gigantes tecnológicos como Google e Spotify. A Merca20 explica que o objetivo é estabelecer licenças que permitam a estas entidades usar música para treinar modelos de IA ou criar novas faixas, garantindo que cada utilização gera um pagamento semelhante ao do streaming tradicional, ou seja, que cada reprodução ou uso da música retribua diretamente os selos discográficos e artistas.

Fontes próximas do processo indicam, conforme divulgado pela Merca20, que Universal e Warner, responsáveis por artistas como Taylor Swift e Coldplay, poderão formalizar estas licenças muito em breve. Um dos pontos centrais das negociações, segundo a Merca20, é o desenvolvimento de um sistema de identificação de conteúdos, semelhante aos detectores utilizados por plataformas como o YouTube, que permita às editoras monitorizar quando e como a sua música é utilizada em modelos de IA, assegurando a proteção dos direitos de autor e a cobrança de pagamentos justos.

Este novo modelo vai para além da mera proteção do catálogo, propondo uma revolução na geração de receitas no streaming musical. Tradicionalmente, as plataformas pagam aos artistas e selos por cada reprodução. Com a IA, as músicas podem alimentar algoritmos, gerar conteúdos derivados ou inspirar novas composições de forma automática, criando a necessidade de micropagamentos adaptativos, onde cada interação, mesmo indireta, tenha um valor económico, como destaca a análise da Merca20.

Assim, cada fragmento, sample ou melodia poderá gerar um rendimento proporcional ao seu uso, tornando o streaming mais justo e detalhado. A IA deixa de ser apenas uma ferramenta criativa para se tornar também um canal de receitas, observa a Merca20.

Para além do impacto financeiro, estas parcerias poderão revolucionar a forma como os utilizadores consomem música, com algoritmos capazes de criar playlists personalizadas, remixes instantâneos e composições inéditas baseadas no gosto individual. A experiência de streaming passará a ser uma interação dinâmica, onde a música é reinterpretada e ampliada por ferramentas inteligentes, segundo a Merca20.

Estes acordos poderão estabelecer novos padrões globais para a indústria musical. Se Universal e Warner implementarem com sucesso licenças claras, sistemas de micropagamento e deteção de conteúdos, outras editoras poderão seguir o exemplo, criando um quadro regulamentar para o uso responsável e rentável da música na era da IA, conforme antecipado pela Merca20.




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