É já amanhã, entre as 17h00 e as 02h00 (de domingo) que o Grindr vai dar vida ao Gayborhood em Lisboa, no Terreiro do Paço.
Trata-se de uma activação que faz parte da primeira digressão europeia do Grindr Rides Europe, no ano em que a capital portuguesa recebe pela primeira vez o Festival EuroPride. O conceito visa trazer para a vida real o convívio que a própria app proporciona à comunidade queer – e que se «materializa» com o autocarro (bussy) que vai estar em Lisboa (e que depois seguirá para Paris – 28 de Junho, Madrid – 5 de Julho, Barcelona – 19 de Julho e Berlim – 26 de Julho).
Entre as acções previstas pela marca, destaque para Sylvia Koonz (Miss Drag Queen Lisboa 2017), que será a drag queen ao volante, e para Fábio Mosca & Rafa Magalhães, os DJs ao vivo. Haverá ainda sessões de fotografia com fotógrafo profissional (grátis), uma oportunidade para os interessados actualizarem a sua fotografia de perfil. Já na roda da sorte os participantes poderão ganhar prémios como subscrições, merch, emojis insufláveis, entre outros. Entre as acções destaque ainda para instalações originais de Tomás Castro Neves.
Depois de Londres, Lisboa é a paragem que se segue com a marca a associar-se ao EuroPride Lisboa e à We Party (no LAV, das 23h00 às 8h00) para criar uma experiência Pride inesquecível.
«Com quase 40% das marcas a reduzir o investimento no Pride este ano, nós optámos por reforçar o compromisso e ir ainda mais longe», conta Igor Carvalho, International Marketing Lead do Grindr, em conversa com a Marketeer.
O conceito do “Gaybourhood” sobre rodas é uma novidade em Lisboa. Como foi pensada a adaptação desta experiência à cultura e energia da cidade?

Lançámos pela primeira vez o autocarro ‘Grindr Rides’ nos Estados Unidos no ano passado, durante o Pride, e percebemos que havia um entusiasmo e interesse em alargar a nossa presença e, por isso, decidimos ir para além-fronteiras! Queríamos garantir uma presença única e hiperlocal em cada cidade e é por isso que estamos a colaborar com drag queens locais, artistas queer de cada país, embaixadores da marca, DJ’s locais e criadores de conteúdos para dar vida à experiência do autocarro.
A digressão “Grindr Rides Europe” tem como objectivo criar conexões reais fora da app. Que impacto esperam alcançar com esta presença física nas celebrações do Pride?
Estamos presentes para a nossa comunidade global de forma digital nos 365 dias do ano, mas nesta época do Pride quisemos marcar presença física para retribuir o amor à comunidade LGBTQ+ de Lisboa, proporcionar bons momentos, oferecer brindes e prémios Grindr, e proporcionar a oportunidade de tirarem uma fotografia incrível e com material profissional no nosso estúdio móvel – para poderem dar um upgrade à fotografia de perfil dentro da app!
Lisboa é a segunda cidade da digressão, logo após Londres. Que aprendizagens ou inspirações trouxeram da estreia para aplicar aqui?
Uma das maiores aprendizagens é que não se deve subestimar o poder da publicidade dentro da app para promover a chegada do autocarro a cada cidade. Até agora temos tido filas constantes ao longo de todo o dia em cada paragem. Percebemos também que precisamos de trazer ainda mais merch e brindes Grindr para quem nos visita – houve uma verdadeira correria pelos nossos leques, tank tops exclusivos da digressão ‘Grindr Rides Europe’ e pelos autocolantes ‘spicy’ que foram um verdadeiro sucesso.
O evento inclui activações como performances drag, instalações artísticas e distribuição de brindes. Como é que estas experiências foram escolhidas para reflectir a diversidade da comunidade LGBTQIA+ local?
Queremos levar a essência da alegria queer à nossa activação ‘Grindr Rides Europe’, através da música, performances de drag queen, arte e garantir que todos ficam contentes e com uma fotografia espectacular para recordar o dia (e alguma merch da Grindr!). O Pride continua a ser, e será sempre, um protesto, mas é também uma oportunidade para a nossa comunidade, tão diversa e maravilhosa, se juntar, celebrar e sentir que faz parte de algo maior – e é exactamente isso que queremos criar com este espaço.
O Grindr tem vindo a reposicionar-se como mais do que uma app de encontros. De que forma esta digressão contribui para essa nova narrativa da marca?
O objectivo é dar vida ao ‘Global Gayborhood’ de uma forma muito real e concreta. O Grindr não é só uma app que os utilizadores têm, é um espaço ao qual pertencem. Ou seja, quer estejam a usar o Roaming (a funcionalidade de viagem do Grindr) de Madrid a Fort Lauderdale, ou a entrar na app em Banquecoque, queremos que o Grindr seja o “passaporte de bolso” para a cultura e para a comunidade.
O que significa para o Grindr estar presente num evento como o EuroPride, especialmente num contexto europeu onde os direitos LGBTQIA+ ainda enfrentam desafios em alguns países?
Com quase 40% das marcas a reduzir o investimento no Pride este ano, nós optámos por reforçar o compromisso e ir ainda mais longe. A nossa própria existência é uma declaração política e esta digressão é a nossa carta de amor às pessoas e aos lugares que criaram e que continuam a construir a cultura queer.
O Grindr é também patrocinador da festa “We Party” no LAV. Como é que esta colaboração se insere na estratégia da marca para apoiar eventos noturnos e celebrar a cultura queer em espaços de festa?
Por vezes, a música, especialmente a música gay, transcende fronteiras, línguas e origens. Junta as pessoas de uma forma tão única como nenhuma outra consegue. É por isso que a música e a vida noturna são uma parte tão essencial da cultura queer, pelo que a oportunidade de colaborar com o “We Party” foi uma escolha óbvia para nós — eles têm proporcionado momentos de diversão e o espírito de comunidade à vida noturna LGBTQ+ desde 2009, ano em que o Grindr foi lançado!
Lisboa tem-se afirmado cada vez mais como uma cidade gay-friendly e acolhedora para a comunidade LGBTQIA+. Como é que o Grindr vê o papel da cidade neste contexto europeu e o que torna Lisboa um palco especial para esta digressão?
Em Lisboa e em Portugal temos uma comunidade muito activa e participativa. Nós recebemos muitos comentários nas redes sociais a pedir que estivéssemos presentes e… you asked, we listened (e aqui estamos!). Temos também uma série muito popular na app, “Host or Travel”, que põe em contacto os membros da comunidade Grindr e os Gayborhoods locais, com o apoio de “hosts” locais que desempenham o papel de guias (vale mesmo a pena ver!) e Lisboa está definitivamente na nossa lista — por isso, fiquem atentos…
Texto de Maria João Lima
*A jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico