Coca-Cola corta mil milhões após quebra dos lucros

No quarto trimestre de 2013, a Coca-Cola obteve um resultado líquido de 1,71 mil milhões de dólares (cerca de 1,24 mil milhões de euros), o que representa um decréscimo de 8,4% em relação aos lucros acumulados no período homólogo do ano anterior. Face a estes resultados, a companhia anunciou um novo programa de redução dos custos.

O objectivo passa por poupar cerca de mil milhões de dólares (727,6 milhões de euros) até 2016 nas áreas de fornecimento, gestão de dados e tecnologias de informação. De acordo com Muhtar Kent, CEO da Coca-Cola, este montante será reinvestido em marketing, nomeadamente em campanhas direccionadas para televisão, imprensa e online, com o objectivo de dinamizar as vendas.

De acordo com a companhia, os resultados do quarto trimestre foram impactados negativamente pelo spin-off das operações de engarrafamento nas Filipinas e no Brasil, pelo fraco crescimento das vendas nos mercados maduros e pelo abrandamento do consumo nos mercados emergentes, como a China, a Índia ou o México. O ano passado «ficou marcado pelos persistentes desafios macroeconómicos em vários mercados em todo o mundo», justifica Muhtar Kent.

No quarto trimestre, o volume de vendas da Coca-Cola cresceu apenas 1%, enquanto as receitas delizaram 3,6%, em termos homólogos, para 11,04 mil milhões de dólares (8 mil milhões de euros). No mercado doméstico, os Estados Unidos da América, o volume de vendas caiu 1% no trimestre.

No que diz respeito aos resultados consolidados de 2013, os lucros da Coca-Cola recuaram 4,8% para 8,6 mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros), enquanto as receitas caíram 2,4% para 46,85 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros).

Para além de uma nova vaga de comunicação, a Coca-Cola prepara-se para reforçar as vendas com a promoção do consumo dentro de casa. No início do mês, o maior grupo de refrigerantes do mundo anunciou uma parceria com a Green Mountain Coffee Roasters que irá resultar na produção de cápsulas de bebidas frias do grupo. As cápsulas deverão chegar ao mercado antes do final do ano.

 

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