Bens de grande consumo: Portugal entre os que mais crescem na Europa

Portugal ocupa o quinto lugar na lista dos países europeus com maiores níveis de crescimento em volume de bens de grande consumo, em 2016, tendo subido 2,6%. O relatório “Growth Reporter” da Nielsen indica que também os preços revelaram uma estabilização gradual, com recuos de 0,1% face ao ano anterior.

Ana Paula Barbosa, Retail Services director da Nielsen, considera que estes valores demonstram que «apesar de a aposta contínua em promoções continuar a ser uma realidade (44% das vendas), Portugal está a sair de um cenário de deflação nos bens de grande consumo».

Quanto às vendas em valor, Portugal registou um crescimento de 2,5%, no ano passado, versus 1,3% a nível europeu. A Nielsen indica que este é o maior valor alcançado nos últimos oito anos. «Os consumidores portugueses estão mais confiantes do que nunca e mostram-se dispostos a consumir mais e a comprar produtos premium», sublinha Ana Paula Barbosa.

Além da confiança, também as boas condições climatéricas e a realização do Euro 2016 terão contribuído para o aceleramento do consumo em Portugal, a partir da segunda metade do ano. O Natal foi outro período em que o consumo se mostrou muito dinâmico no que respeita aos bens de grande consumo.

As categorias de bebidas alcoólicas e não alcoólicas e os congelados cresceram 4%, ao passo que a mercearia e higiene do lar cresceram 3%. Os produtos de higiene pessoal cresceram 2% e os lacticínios passaram de uma quebra de 3% para uma evolução de 0%. Por crescimento a Nielsen entende a soma da variação de preços e da variação de quantidade.

Depois de terem caído 2,8% em 2015, as marcas de distribuição cresceram 0,5% em 2016. As marcas de fabricante, por seu turno, registaram um aumento de 3,5%.

Em termos gerais, a Europa viu as vendas em valor aumentar 1,3%, valor que fica aquém do verificado em 2015 (2,4%) e 2014 (2,6%). Trata-se do crescimento mais baixo desde 2013. Segundo Ana Paula Barbosa, Portugal registou um crescimento positivo acima da maioria dos países analisados(incluindo Finlândia, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Itália e França, entre outros.

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