O monoposto da McLaren tornou-se um ícone no mundo da Fórmula 1 e agora está em leilão, com um preço estimado entre 11 e 14 milhões de euros, podendo até alcançar valores ainda mais elevados, tornando-se o carro de F1 mais caro do mundo.
A imagem de Ayrton Senna, exausto e mal conseguindo erguer o troféu de vencedor do Grande Prémio do Brasil em Interlagos, em 1991, é agora um marco na história do automobilismo. Naquele ano, Senna enfrentou a chuva e problemas mecânicos que quase o obrigaram a abandonar a corrida, mas com grande perseverança, conseguiu finalmente conquistar a vitória tão desejada na sua terra natal, após sete tentativas frustradas.
Senna pilotava o McLaren MP4/6, um carro que se tornaria emblemático e que agora está a ser leiloado. O MP4/6 foi o veículo que permitiu ao piloto brasileiro conquistar o primeiro lugar numa das corridas mais dramáticas da sua carreira, num triunfo que ficou para sempre na memória dos fãs.
Após cumprir o seu propósito, o chassi MP4/6-1 foi retirado de competição e enviado de volta à fábrica da McLaren, onde ficou armazenado durante quase 30 anos, tornando-se uma das peças mais valiosas do automobilismo.
O próprio McLaren MP4/6 é uma obra-prima da engenharia, desenvolvido pelo projetista-chefe Neil Oatley, sob a direção técnica de Gordon Murray. O carro é equipado com um motor V12 de 3,5 litros, que gera 720 cavalos de potência e atinge impressionantes 13.800 rotações por minuto. Além disso, possui uma caixa de câmbio manual de seis velocidades e um chassi monocoque de fibra de carbono, revestido por uma carroçaria também feita do mesmo material. Quase 35 anos após a sua criação, o MP4/6 permanece como um símbolo de uma das épocas mais gloriosas da Fórmula 1.
É extraordinário que este carro mítico tenha escapado da custódia da McLaren, mas foi adquirido por um colecionador em 2020 e agora será leiloado em Abu Dhabi pela RM Sotheby’s, entre os dias 8 e 11 de dezembro. Este leilão será, sem dúvida, um evento importante para os fãs de automobilismo e colecionadores de carros históricos.














