Afinal, Millennials não são assim tão tecnológicos

Apesar de pertencerem àquela que é considerada uma das gerações mais tecnológicas de sempre, os Millennials ainda preferem a experiência física em determinadas situações. Um estudo divulgado pela CBRE revela que 70% dos Millennials prefere comprar numa loja, mesmo quando tem hipótese de o fazer online.

O estudo “Millennials; mitos e realidades” indica ainda que este cenário não deverá mudar dramaticamente no futuro. Quase metade dos inquiridos (de um total de 13 mil) quer aceder a um produto de forma imediata, quer poder ver, tocar, sentir e testar em loja e, caso decidam, poder levá-lo consigo logo para casa.

Realizado em 12 países, o estudo conclui, ainda assim, que 27% das compras são realizadas online pela maioria dos Millennials e que esta percentagem poderá estar relacionada com a oferta em cada mercado. “Em países onde existem redes de retalhistas internacionais bem estabelecidas, é provável que a penetração online seja mais elevada que em países onde os retalhistas são locais.”

Casa a e trabalho

No que diz respeito aos desafios que os Millennials enfrentam, a procura de casa com preços equilibrados ocupa um lugar de destaque. O elevado custo dos imóveis e das rendas, juntamente com a instabilidade profissional, dificultam a procura.

Segundo o mesmo estudo da CBRE, 49% dos inquiridos vive com os seus pais, 74% refere que os seus ordenados não acompanham o preço do mercado imobiliário e 65% opta por arrendamento ao invés de aquisição.

A nível de emprego, 64% considera-se afortunado por ter emprego e deseja trabalhar para um reduzido número de empresas durante a sua carreira. Porém, o nível de lealdade relativamente a uma empresa não é elevado e os colaboradores estão dispostos a mudar de trabalho caso encontrem melhores oportunidades salariais, de formação e desenvolvimento profissional.

Cristina Arouca, directora de Research & Consultoria da CBRE, considera que «o facto de os Millennials terem entrado no mercado de trabalho num período de grandes alterações económicas a nível global teve um profundo impacto nos locais onde trabalham, vivem e se divertem».

A responsável afirma ainda que, de uma perspectiva de retalho, «o online é visto como um canal complementar à experiência de compra na loja, e não como uma alternativa directa».

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