A McDonald’s reduziu drasticamente a sua força laboral direta ao longo da última década.
De acordo com dados citados pela plataforma Merca2.0, a cadeia global de restauração rápida passou de mais de 440 mil colaboradores em 2013 para cerca de 150 mil em 2024.
Esta redução de cerca de 65% no número de empregados contratados diretamente não resulta de cortes motivados por crise ou dificuldades económicas, mas sim de uma estratégia planeada centrada na automatização, na digitalização dos serviços e na aposta quase total no modelo de franchising.
Esta mudança estrutural surge em paralelo com o crescimento da empresa.
Em vez de encolher, a McDonald’s expandiu. Atualmente, a marca opera mais de 43 mil restaurantes em todo o mundo, sendo que mais de 95% destes estão nas mãos de operadores independentes. Ou seja, a vasta maioria dos colaboradores que trabalham sob a marca McDonald’s não são funcionários da empresa-mãe, mas sim de franchisados, o que alivia o peso da responsabilidade direta sobre recursos humanos e permite uma estrutura corporativa mais leve e escalável.
Esta transição para um modelo de negócio “asset-light”, centrado na gestão da marca e na cobrança de rendas e royalties, tem vindo a mostrar-se altamente rentável.
Os dados da Merca2.0 revelam que mais de 60% das receitas da empresa já provêm destes contratos com franchisados, em vez da operação direta de restaurantes. Ao transferir a gestão das unidades para operadores locais, a McDonald’s reduz os seus custos fixos, minimiza riscos legais e laborais e reforça a previsibilidade dos fluxos de receita.
Paralelamente, a empresa tem apostado fortemente na automatização e digitalização dos seus serviços, sobretudo nos mercados mais desenvolvidos.
Esta modernização inclui quiosques de autoatendimento, pedidos via app, sistemas de cozinha automatizados, integração com plataformas de entregas e inteligência artificial aplicada aos drive-thrus. Estes avanços permitem operar com equipas mais pequenas e com maior eficiência, sem comprometer a experiência do consumidor, pelo contrário, reforçando a personalização do serviço.














