A roupa confortável veio para ficar?

Embora as actividades económicas já tenham começado a reabrir um pouco por todo o Mundo, incluindo Portugal, ainda haverá uma fatia significativa de pessoas em teletrabalho. Quando é esse o caso, que tipo de roupa escolhem para estar ao computador sem colegas, chefes ou clientes por perto?

Nos Estados Unidos da América, uma em cada cinco pessoas afirma ter comprado roupa que considera ser de lazer ou especificamente para estar em casa desde que a pandemia teve início. Um inquérito realizado em Junho pela CivicScience revela ainda que 15% não fez compras desse tipo mas que planeia fazê-lo no futuro.

Embora a maioria (65%) garanta não ter interesse em peças mais confortáveis, como t-shirts, casacos de malha, calças desportivas ou leggings, existe ainda assim um número significativo que parece ter encontrado neste tipo de roupa a resposta para o trabalho remoto.

Olhando apenas para as gerações mais jovens, os níveis de adopção e interesse são superiores: 29% dos inquiridos entre os 18 e os 24 anos comprou a chamada “leisurewear” desde que a pandemia teve início e 20% não comprou mas tem planos nesse sentido. Na faixa dos 25 aos 34, 28% comprou e 14% tenciona comprar no futuro.

Os mais velhos, por seu turno, são os que demonstram menos aptidão para este tipo de vestuário, com apenas 12% a ter comprado roupa mais confortável desde o início da pandemia. Além disso, só 11% não comprou mas quer comprar em breve.

No geral, a eMarketer prevê uma quebra de 21,9% no sector do vestuário e acessórios nos Estados Unidos da América. As vendas totais no canal de retalho deverão cair 103,42 mil milhões de dólares (cerca de 88 mil milhões de euros).

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