No ano em que celebra seis décadas de carreira, o cantor Fernando Tordo juntou-se à Associação de Doentes com Angioedema Hereditário (ADAH) para criar uma música que lembra quem “tantas vezes se vê obrigado ao silêncio pela incompreensão dos outros”.
A iniciativa enquadra-se no âmbito do Dia Mundial do Angioedema Hereditário, que se assinalou no passado dia 16, e resulta no lançamento da música “A Esperança Chegou”, que nasce de um “encontro improvável entre a música e os sentimentos de quem vive com esta doença rara”.
Inspirado em testemunhos reais de doentes que fazem parte da ADAH, o cantor “transformou em melodia e poesia as experiências de quem conhece na pele o que é viver com uma doença rara, imprevisível e frequentemente incompreendida”. A música “A Esperança Chegou” já está disponível no Spotify, numa acção que contou ainda com o apoio da BioCryst.
O angioedema hereditário é uma doença genética rara, que se caracteriza por episódios de edema (inchaço) em várias partes do corpo, incluindo as mãos, os pés, a face e as vias respiratórias, que pode levar à morte por asfixia, sendo ainda frequentes crises de dor abdominal, náuseas e vómitos causados pelo inchaço na parede intestinal.
«Não só por ser uma doença rara, mas também porque os seus sintomas se confundem, muitas vezes, com os de uma alergia, o doente pode estar anos sem o diagnóstico correcto e, por isso, sem acesso ao tratamento que lhe seria capaz de devolver a qualidade de vida perdida. O que é ainda mais grave porque existem hoje novas terapêuticas que podem fazer verdadeiramente a diferença», salienta Inês Pessoa, presidente da ADAH.