41% dos especialistas em bens de luxo acredita que está a chegar uma crise ao sector

A guerra na Ucrânia, a consequente inflação e a instabilidade financeira e económica têm afectado os vários sectores comerciais e o de luxo não é excepção. De facto, 59% dos especialistas na área refere que se verificará uma recessão na indústria, enquanto 41% crê que está prestes a chegar uma crise.

Os números são apontados pelo Luxury Institute, segundo o qual períodos de maior instabilidade levam os consumidores a não fazer grandes investimentos e mesmo os compradores mais assíduos optam por ficar de fora do consumismo quando a economia mundial passa por fases mais atribuladas.

Assim, as marcas de luxo devem encontrar o equilíbrio entre continuar a servir o seu público-alvo e a dar aos compradores fiéis o nível de indulgência necessário. Caso se verifique um recuo no desempenho do sector do luxo, as consequências serão diferentes para os vários sectores que nela actuam.

Por exemplo, é de esperar que relógios e jóias sejam impactados a “meio gás”, enquanto o imobiliário de luxo já se enquadra numa situação mais precária. Por outro lado, vinhos e bebidas espirituosas e beleza e bem-estar são categorias que os especialistas prevêem que serão menos impactadas.

«As recessões e as crises podem ser grandes oportunidades. Estes podem ser as piores tempos, mas se agirem com coragem, habilidade e convicção, podem transformá-las nas melhores épocas», diz, citado pelo WARC, Milton Pedraza, CEO do Luxury Institute, entidade responsável pelas previsões.

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