1 em cada 4 portugueses já evitou marcas que ignoram a saúde mental

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Revista Marketeer
15/05/2025
16:51
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A beleza é muito mais do que aparência. Para a maioria dos portugueses, trata-se de um gesto de autoestima e um contributo valioso para o bem-estar mental. Esta é a principal conclusão de um novo estudo desenvolvido pela Escolha do Consumidor, que analisou a relação entre o consumo de produtos de beleza e a saúde emocional dos consumidores.

Segundo o estudo, 57% dos inquiridos afirma que a compra de produtos de beleza melhora a autoestima e funciona como forma de expressão pessoal, enquanto 19% encara este momento como relaxamento e autocuidado. Apenas 10% não associa qualquer impacto emocional a este tipo de consumo.

A importância da intervenção das marcas neste universo é também destacada: 45% dos participantes considera essencial que a indústria da beleza eduque os consumidores sobre saúde mental, e 44% valoriza este papel quando é assumido de forma genuína. Em contrapartida, apenas 7% não considera este tema uma prioridade.

Quando questionados sobre o que mais valorizam em marcas com posicionamento ativo na saúde mental, os portugueses apontam mensagens inspiradoras (31%), produtos que promovem o bem-estar (29%), e ações concretas como campanhas e doações (29%). A transparência e coerência com os valores da marca também são apontadas por 11% dos inquiridos.

A preocupação com o bem-estar emocional influencia inclusivamente decisões de compra: 25% dos consumidores já deixaram de adquirir um produto por considerar que a marca não respeitava questões de saúde mental, ou seja, cerca de 1 em cada 4 portugueses, enquanto 17% ponderaram essa possibilidade, mas acabaram por comprar na mesma. Já 48% afirma que este fator nunca influenciou a sua escolha.

As marcas mais frequentemente associadas a bem-estar mental no contexto da beleza incluem Nivea, L’Oréal, Garnier, Uriage, O Boticário, Dove, Rituals e Kiko Milano. No entanto, 59% dos consumidores sente que o compromisso com a saúde mental é apenas parcialmente evidente nas comunicações das marcas.

Apesar disso, o impacto emocional da beleza é evidente: 38% dos inquiridos diz ter-se sentido mais confiante após usar um produto num dia difícil, e 35% refere que isso os ajudou a relaxar.

O estudo conclui, assim, que os portugueses procuram cada vez mais integrar a saúde mental nas suas rotinas de autocuidado, e esperam um papel mais ativo e autêntico das marcas nesta área.


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